Diagnóstico precoce aumenta as chances de cura do câncer infantil

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Nesta terça-feira, 15 de fevereiro, profissionais de saúde de todo o mundo alertem para o Dia Internacional contra o Câncer Infantil. A doença é a principal causa de morte de crianças e adolescentes entre 1 e 19 anos no Brasil, segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca), que registra 12 mil novos casos e 2,7 mil óbitos por ano. Mas, o diagnóstico bem no início da doença aumenta em 70% as chances de cura e por isso, os pais e/ou responsáveis devem ficar atentos a qualquer sintoma ou anormalidade envolvendo as crianças.

O Conessp conversou com a dra. Franciane Benicá, oncologista pediátrica e membro da Sociedade Brasileira de Oncologia Pediátrica (SOBOPE), que informou que o câncer infantil ainda não tem a sua causa conhecida. Ele é formado por uma célula que não amadureceu como deveria e começou a se multiplicar de forma desordenada. “Diferente do adulto, o câncer na criança não está relacionado a fatores de risco, como exageros na dieta, estilo de vida, vícios ou falta de atividade física regular”, afirmou a especialista.

“Se o seu filho for diagnosticado com câncer, é muito importante saber que é extremamente improvável que exista qualquer coisa que você ou seu filho poderia ter feito para evitá-lo”, esclarece a doutora. Em alguns casos, raramente, as crianças podem herdar alterações nos genes que as tornam propensas a desenvolver um câncer. Nessa situação, os médicos podem indicar uma cirurgia preventiva, ou às vezes, a retirada do órgão antes do desenvolvimento da doença. “Mas, essa é uma situação muito rara e que deve ser discutida de forma individual pesando as vantagens e desvantagens de quaisquer procedimentos a serem adotados”, frisa a dra. Franciane.

O tipo mais comum de câncer infantil é a leucemia linfoide aguda. Em seguida, há os tumores do sistema nervoso central (Astrocitomas, Meduloblastomas, por exemplo) e o Linfoma, o 3º tipo de câncer mais comum na infância, que é o câncer no sistema linfático.

Médica Franciane Benicá

A principal dificuldade do câncer infantil é o diagnóstico na fase inicial da doença. A descoberta no início aumenta em 70% as chances de cura. “Assim, os pais precisam estar atentos se os filhos apresentam os principais sintomas da doença já que os sinais são inespecíficos e, não necessariamente, indicam seu diagnóstico”, frisa.

O Instituto Nacional de Câncer alerta para sinais e sintomas da doença, pois muitas vezes são parecidos com os de doenças comuns entre as crianças. Por isso, consultas frequentes ao pediatra são fundamentais. Sãos esses profissionais que podem identificar os primeiros sinais de câncer e encaminhar a criança para investigação diagnóstica e tratamento especializado.

Os sintomas que, caso persistam, precisam ser investigados por profissionais de saúde o mais breve possível. São eles: palidez, hematomas ou sangramento, dor óssea; caroços ou inchaços, principalmente aqueles indolores e sem febre; perda de peso inexplicada, tosse persistente, sudorese noturna e falta de ar; alterações nos olhos, como estrabismo; inchaço abdominal; dores de cabeça persistentes ou graves, vômitos pela manhã com piora ao longo do dia; dor em membros e inchaço sem traumas.