O Conessp traz a reflexão sobre um tema importante, que acomete muitos brasileiros, e pode trazer danos, às vezes irreversíveis, incluindo familiares. O alcoolismo é reconhecido como uma doença crônica, mas possível de tratamento e prevenção.
Um dos apoios para quem deseja se manter longe do vício é o trabalho dos grupos de Alcoólicos Anônimos em todo o Brasil. O programa conta com um conjunto de princípios para nortear hábitos e práticas diárias, que juntas buscam combater a compulsão pelo beber destrutivo além possibilitar que o indivíduo tenha uma vida mais integra e feliz. A associação não está vinculada a religião ou movimento político.
O dia 18 de fevereiro é uma data de conscientização sobre os danos e doenças que o consumo excessivo de bebidas alcoólicas pode causar. Dentre os problemas causados diretamente pelo álcool podemos destacar doenças do fígado, coração e sistema digestivo. Secundariamente ao uso crônico abusivo do álcool, observamos perda de apetite, deficiências vitamínicas, impotência sexual, dentre outros danos à saúde.
Um estudo do Departamento de Psicobiologia da Escola Paulista de Medicina da Universidade Federal de São Paulo (EPM/Unifesp) revela um alto consumo de álcool entre idosos. Um em cada quatro brasileiros (23,7%) com 60 anos ou mais consome álcool atualmente, sendo que 6,7% (aproximadamente 2 milhões) relatam ter feito consumo de várias doses em uma ocasião no último mês e 3,8% (mais de um milhão de brasileiros acima de 60 anos) consumiram em uma semana típica quantidades que podem colocar a sua saúde em risco. A pesquisa é de 2021 e foram utilizados dados da triagem inicial do ensaio clínico realizado em sete Unidades Básicas de Saúde (UBS) com 503 participantes.
O álcool é considerado uma droga psicotrópica, pois atua no sistema nervoso central, que leva à sedação, prejuízos na coordenação motora e desinibição do comportamento, modificando a capacidade de julgamento do indivíduo.
Apesar de sua ampla aceitação social, o consumo de bebidas alcoólicas, quando excessivo, passa a ser um problema. Além do maior risco de acidentes de trânsito e da violência associada a episódios de embriaguez, o consumo de álcool a longo prazo, dependendo da dose, frequência e circunstâncias pode levar a danos irreversíveis na saúde.